sábado, 10 de abril de 2010

Resposta a Cotardo Calligaris

Ficamos todos tão sensibilizados com o que aconteceu a Glauco e Raoni, realmente crimes brutais como este sempre nos levam a questionamentos de qual mundo é este em que estamos vivendo e procurarmos soluções paliativas como a internação do executor. Sentimo-nos de mãos atadas, excluir não é mais a solução, retroceder a reforma psiquiátrica já não é nem deve ser possível, ela trouxe dignidade a tantas pessoas e não podemos negá-la. Mas o que fazer com os Cadus que vemos a todo instante, eles escorregam em sua sociopatia, a psiquiatria não consegue dar conta deles no aspecto preventivo e os de seu convívio próximo se assustam com a barbárie cometida, uma vez que mostram-se em geral, doces, gentis e sociáveis. Não são fruto da degenerescencia social, então não podemos culpar os indivíduos enquanto sociedade, a família ou mesmo a inclusão social vislumbrada a partir da reforma psiquiátrica. Como profissionais de saúde mental, temos que saber que estamos sim sem respostas, e não é pelo viés da culpa ou na responsabilização no outro (instituições) que compreenderemos estas questões.

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