terça-feira, 18 de maio de 2010

Seu Ribeiro criação para 18 de Maio Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Quando uma família nota
Que um filho ou um pai
Não sabe se entra ou sai
Passa a servir de chacota
A infelicidade brota
Neste lar, sem precisão
E um mar de aflição
Sem aviso aparece
Muita gente se esquece
Que o “louco” é um cidadão.

Os entes, desesperados
Sem saber o que fazer
Tentam o “louco” convencer
A se juntar aos drogados
Que já estão internados
Por ter perdido a razão;
O “doido” grita que não
E logo o tempo escurece.
Muita gente se esquece
Que o “louco” é um cidadão.

Já o sistema de saúde
Que é publico não tem
Ambulância para ninguém
E ao pobre não ilude
Mandar tomar atitude
E a família na aflição
Chama logo um camburão
E a policia aparece
Muita gente se esquece
Que o “louco” é um cidadão.

Já depois de ser fixado
E desfeito o engano
Passa ser chamando “insano”
E ao hospital é levado
Lá depois de ser dopado
É devolvido a nação
Como sendo um doidão
Que respeito não merece.
Muita gente se esquece
Que o “louco” é um cidadão.

...
Seu Ribeiro
18 de maio, dia da Luta Antimanicomial!

sábado, 15 de maio de 2010

Moção de Repúdio ao Governo do Estado pela não convocação da Conferência de Saúde Mental

A II Conferência Estadual de ECOSOL com a presença de 400 delegados de todas as regiões do Estado, reunida nos dias 23, 24 e 25 de abril na cidade de Campinas aprovou uma Moção de Repúdio ao Governo do Estado de São Paulo, José Serra, e uma Moção de Apoio e solidariedade a todas as Conferências Municipais e Regionais e a Plenária Estadual de Saúde Mental de São Paulo, dia 22 de maio.

MOÇÃO DE REPÚDIO

A II Conferência Estadual da Economia Solidária de São Paulo repudia a posição autoritária, de pouco apreço à democracia, do Governo do Estado de São Paulo, José Serra, que não convocou a IV Conferência de Saúde Mental/Intersetorial.


MOÇÃO DE APOIO

Os delegados da II Conferência Estadual da Economia Solidária do Estado de São Paulo declaram apoio a todas as Conferências Municipais e Regionais da IV Conferência de Saúde Mental/Intersetorial, como também, a Plenária Estadual de Saúde Mental que se realizará, no dia 22 de Maio.

(Fonte: Observatório de Saúde Mental)

18 de Maio Embu

A Saúde Mental de Embu das Artes tem se destacado no protagonismo de seus usuários e nas atividades desenvolvidas na cidade, fortalecendo a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial. A nossa II Feira de Saúde Mental e ECOSOL, a maior delegação de São Paulo para a Marcha de Usuários e a representante (Marlene) que entregou a pauta de reivindicações ao Prof. Paul Singer é de Embu das Artes. Isso sem falar, que a saúde mental de Embu das Artes elegeu uma delegada nacional para a II Conferência Nacional de Economia Solidária.

Convidamos a todos e todas que acompanham a Rede de Saúde Mental e Economia Solidária a participar da Semana da Luta Antimanicomial de Embu das Artes – fortalecendo o SUS e a Reforma Psiquiátrica brasileira.

DIA 18 DE MAIO DIA DA LUTA ANTIMANICOMIAL

O que é Luta Antimanicomial? O que é Saúde Mental? O que é Saúde? Qual a sua relação com a Qualidade de Vida das pessoas? Há mais de 20 anos os movimentos sociais buscam respostas para estas questões iniciando um movimento de amplitude nacional: a REFORMA PSIQUIÁTRICA. Desde então, ações sociais e políticas têm acontecido para modificar o modo de atendimento na Saúde, centrado historicamente no hospital e na doença, para uma atenção integral das pessoas e promoção de saúde no local onde vivem. Isto ampliou as discussões sobre a Saúde Mental, envolvendo usuários, familiares, profissionais e comunidade em todas as questões ligadas ao ser humano: trabalho, saúde, lazer, educação e cultura. A existência de hospitais psiquiátricos e práticas manicomiais impõe um suposto modelo de normalidade e exclui a pessoa diferente. E assim, elimina seus direitos e anula a sua condição de ser humano. Embu das Artes investe na articulação de redes dentro e fora de seu município que confere notoriedade nacional em relação à luta pela reforma psiquiátrica. A Saúde Mental trabalha constantemente no intuito de criar espaços para reflexão a respeito deste tema e na semana da Luta Antimanicomial não será diferente. Estaremos realizando mesas de debate, apresentação de filme, atividades culturais, de esporte e de lazer em nossas comunidades. Faça parte deste movimento e venha contribuir, tirar suas dúvidas, dar suas sugestões e debater conosco!

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DA LUTA ANTIMANICOMIAL

Dia 18 de maio – terça-feira

9:00h - Abertura

9:30h - Filme “O Alienista”

10:30h - Mesa Redonda para discussão do filme na perspectiva da Saúde Mental

12:00h - Almoço

13:00h – “Expresse sua loucura” (Exposição dos trabalhos realizados pelos grupos da Atenção Básica, Microfonia Aberta, Painel livre para expressão)

Dia 19 de maio – quarta-feira

10:00h – Parada do Orgulho Louco, com saída da Prefeitura Municipal de Embu até o Parque Francisco Rizzo

– Apresentação da banda Orquestra Jovem da Associação dos Moradores do Jardim Nova República

– Desfile das Dasdoidas

Local: Parque Francisco Rizzo

14h – “Pratique Saúde Mental”, atividades nas comunidades

Local: Academia Pública – Independência

Atividade: Circuito de Ginástica

Ministrada por: Professores Bermá e o ACS Elton (esporte)

Local: Salão da Igreja Matriz SÃO JUDAS TADEU – Pinheirinho

Atividade: capoeira

Ministrada por: Mestre Paraíba (esporte)

Dia 20 de maio – quinta-feira

9:00h – “Pratique Saúde Mental”, atividades nas comunidades

Local: Feira Livre – Santa Tereza

Atividade: Orientação sobre coleta seletiva, cadastramentos, conversas sobre ambientes saudáveis, orientações sobre os programas da Secretaria do Meio Ambiente. Distribuição de Mudas e coleta com os feirantes de material orgânico (separação de sementes) que serão replantadas no Viveiro do Parque.

Ministrada por: Secretaria do Meio Ambiente (DEA e Viveiro do Parque Rizzo)

Local: Associação – São Marcos

Atividade: Dança terapêutica

Ministrada por: Camila (enfermagem)

Local: ONG – Projeto Zara – Vista Alegre

Atividade: Início da elaboração de uma Obra – Montagem de Painel

Ministrada por: Wanderley Ciuffi (artesão)

14h – “Pratique Saúde Mental”, atividades nas comunidades

Local: ONG – Projeto Zara – Vista Alegre

Atividade: Continuidade e finalização da elaboração de uma Obra – Montagem de Painel

Ministrada por: Wanderley Ciuffi (artesão)

Local: Labirosca Bar – Ressaca

Atividade: Atividade Física

Ministrada por: André (esporte)

Local: Largo dos Jesuítas – Centro

Atividade: Intervenção Teatral

Ministrada por: Jane Salazar (artes cênicas)

18 de Maio na UVA

O Curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida está organizando um
evento comemorativo da Luta Antimanicomial no dia 18 de maio, e gostaríamos
de convidá-lo, bem como às pessoas envolvidas neste processo:
profissionais, usuários, familares. Paralelo à programação, que segue em
anexo, estamos programando uma exposição de trabalhos artísticos de
usuários, produzidos nos Capes ou nas oficinas terapêuticas. Os trabalhos
serão expostos no saguão do auditório principal, de forma a envolver toda
a universidade com o debate.
Para saber mais sobre o evento acesse o link abaixo ou o cartaz que segue
em anexo.



http://www.uva.br/znewsletter/2010/luta_antimanicomial.html

Passeata Maluco Beleza

O Fórum Goiano de Saúde Mental convoca todos para a “Passeata Maluco Beleza”, em comemoração ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial, 18 de maio. Além da passeata, outras atividades acontecerão no dia.(Observatório de Saúde Mental)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Inauguração da Residência Terapeutica Feminina

Nada melhor do que termos incluso dentro da programação do 18 de maio, a noticia da inauguração de uma nova Residência Terapêntica no pais, com objetivo da criação ou expansão de uma rede de atenção Psicossocial, no respectivo municipio.
Importante passo este voltado ao fortalecimento e na implantação da politica de saude mental e do SUS num Municipio, que não deixa de ser fruto também da participação da comunidade, neste processo de construção, e de luta pela efetivação da Reforma Psiquiatrica Antimanicomial, e pela defesa da lei nº 10.216/01.
Lembrando também que cada CAPS ou Residencia Terapeutica, construido no pais, propriciando assim a inserção social, a garantia aos direitos e cidadania, tratamento digno e humano acompanhado por multiplos profissionais, para uma pessoa com transtorno mental, estará sendo visto, que a gestão local daquela respectiva cidade, não apenas consta no seu projeto de governo, melhorias para a Saúde Mental, mas sim que chega cumprir com aquele compromisso assumido, que lamentavelmente muitas vezes em algumas cidades, não sai do papel.

TORTURA, PORQUE NÃO?

Estado de S.Paulo 01/05/2010
O motoboy Eduardo Pinheiro dos Santos nasceu um ano depois da promulgação da lei da Anistia no Brasil, de 1979. Aos 30 anos, talvez sem conhecer o fato de que aqui, a redemocratização custou à sociedade o preço do perdão aos agentes do Estado que torturaram, assassinaram e fizeram desaparecer os corpos de opositores da ditadura, Pinheiro foi espancado seguidas vezes, até a morte, por um grupo de 12 policiais militares com os quais teve o azar de se desentender a respeito do singelo furto de uma bicicleta. Treze dias depois do crime, a mãe do rapaz recebeu um pedido de desculpas assinado pelo comandante-geral da PM. Disse então aos jornais que perdoa os assassinos de seu filho. Perdoa antes do julgamento. Perdoa porque tem bom coração. O assassinato de Pinheiro é mais uma prova trágica de que os crimes silenciados ao longo da história de um país tendem a se repetir. Em infeliz conluio com a passividade, perdão, bondade, geral.
Encararemos os fatos: a sociedade brasileira não está nem aí para a tortura cometida no País, tanto faz se no passado ou no presente. Pouca gente se manifestou a favor da iniciativa das famílias Teles e Merlino, que tentam condenar o coronel Ustra, reconhecido torturador de seus familiares e de outros opositores do regime militar. Em 2008, quando o ministro da Justiça Tarso Genro e o secretário de Direitos Humanos Paulo Vannuchi propuseram que se reabrisse no Brasil o debate a respeito da (não) punição aos agentes da repressão que torturaram prisioneiros durante a ditadura, as cartas de leitores nos principais jornais do País foram, na maioria, assustadoras: os que queriam apurar os crimes foram acusados de ressentidos, vingativos, passadistas. A culpa pela ferocidade da repressão recaiu sobre as vítimas. A retórica autoritária ressurgiu com a força do retorno do recalcado: quem não deve não teme; quem tomou, mereceu, etc. A depender de alguns compatriotas, estaria instaurada a punição preventiva no País. Julgamento sumário e pena de morte para quem, no futuro, faria do Brasil um país comunista. Faltou completar a apologia dos crimes de Estado dizendo que os torturadores eram bravos agentes da Lei em defesa da – democracia. Replico os argumentos de civis, leitores de jornais. A reação militar, é claro, foi ainda pior. “Que medo vocês (eles) têm de nós.”
No dia em que escrevo, o ministro Eros Graus votou contra a proposta da OAB, de revisão da Lei da Anistia no que toca à impunidade dos torturadores. Para o relator do STF, a lei não deve ser revista. Os torturadores não serão julgados. O argumento de que a nossa anistia foi “bilateral” omite a grotesca desproporção entre as forças que lutavam contra a ditadura (inclusive os que escolheram a via da luta armada) e o aparato repressivo dos governos militares. Os prisioneiros torturados não foram mortos em combate. O ministro, assim como a Advocacia Geral da União e os principais candidatos à Presidência da República sabem que a tortura é crime contra a humanidade, não anistiável pela nossa lei de 1979. Mas somos um povo tão bom. Não levamos as coisas a ferro e fogo como nossos vizinhos argentinos, chilenos, uruguaios. Fomos o único país, entre as ferozes ditaduras latino-americanas dos anos 60 e 70, que não julgou seus generais nem seus torturadores. Aqui morrem todos de pijamas em apartamentos de frente para o mar, com a consciência do dever cumprido. A pesquisadora norte-americana Kathrin Sikking revelou que no Brasil, à diferença de outros países da América latina, a polícia mata mais hoje, em plena democracia, do que no período militar. Mata porque pode matar. Mata porque nós continuamos a dizer tudo bem.
Pouca gente se dá conta de que a tortura consentida, por baixo do pano, durante a ditadura militar é a mesma a que assistimos hoje, passivos e horrorizados. Doença grave, doença crônica contra a qual a democracia só conseguiu imunizar os filhos da classe média e alta, nunca os filhos dos pobres. Um traço muito persistente de nossa cultura, dizem os conformados. Preço a pagar pelas vantagens da cordialidade brasileira. “Sabe, no fundo eu sou um sentimental (…). Mesmo quando minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar/ Meu coração fecha os olhos e sinceramente, chora.” (Chico Buarque e Ruy Guerra).
Pouca gente parece perceber que a violência policial prosseguiu e cresceu no País porque nós consentimos – desde que só vitime os sem-cidadania, digo: os pobres. O Brasil é passadista, sim. Não por culpa dos poucos que ainda lutam para terminar de vez com as mazelas herdadas de 21 anos de ditadura militar. É passadista porque teme romper com seu passado. A complacência e o descaso com a política nos impedem de seguir frente. Em frente. Livres das irregularidades, dos abusos e da conivência silenciosa com a parcela ilegal e criminosa que ainda toleramos, dentro do nosso Estado frouxamente democratizado
Fonte MNLA

Vozes da Voz

Pessoal,

Na próxima quarta-feira, 12, o documentário Vozes da Voz será exibido no Centro Acadêmico da PUC

Prêmio João Ferrador

Personalidades e entidades são escolhidas. Vote pela internet


A comissão organizadora escolheu as três entidades e as três personalidades que disputarão o 2º Prêmio João Ferrador de Promoção da Cidadania.
Os ganhadores serão escolhidos pela categoria em votação direta pela página do Sindicato na internet www.smabc.org. br) e por meio de cédulas em algumas fábricas (leia abaixo).
A cerimônia de entrega do prêmio será realizada no próximo dia 12 de maio, data do 51º aniversário de fundação do Sindicato, a partir das 18h, na Sede.
A luta contra os manicômios e pela inserção das pessoas com doença mental na vida cotidiana ganha cada vez mais destaque no País.
Entre os indicados
Categoria Entidades:
O Movimento Nacional da Luta Antimanicomial surgiu para se
contrapor à forma tradicional de tratar a loucura, caracterizada pelo asilamento e pela violência. Pela
terapia tradicional, o portador de transtorno mental internado numa instituição psiquiátrica é alguém sem direitos, submetido ao poder da instituição e de quem o afastou e o excluiu.
Vote:



http://www.smabc.org.br/portal/joaoferrador.asp

Associação Fenix

PALESTRA :

"TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO: o que é ?


Palestrantre- Dra. Maria do Carmo Breda Sartolli
Médica Psiquiatra assistente ddo IPQ-FMUSP
Instituto de Psiquiatria - Faculdade da USP


Dia : 27 de maio (quinta-feira )
Horário : 20hs
Local : Praça Santa Rita de Cássia, N.º 133 – Mirandópolis - São Paulo
Ref.: Estação Praça da Árvore do Metrô / Rua das Rosas
Entrada da sala pela Av. Sen. Casemiro da Rocha, 599
na lateral da Igreja Santa Rita de Cássia.

Entrada - 1 quilo de alimento não perecível.

Conferência São Paulo

conferenciaAlguns ja tem recebido o convite da CMS e comissao organizadora paraConf mun de SP. Sera agora, dias 10, 11 e 12 no auditorio ELis Reginano anhembi (Av. Olavo Fontoura 1.209, Santana, São Paulo).Os delegados e observadores ja estao previamente inscritos. alguns jase manifestaram contra isso, e irao ate o local, fazer presença etentar mudar essa decisao, e assim poder participar programaçao1º dia: 10/05/2010 (segunda-feira) – Abertura e Credenciamento17h às 19h – Credenciamento19h- Solenidade de Abertura – Conferencia Magna20h – Leitura e Aprovação do Regulamento.21h – Confraternização.2º dia: 11/05/2010 (terça-feira) – Palestras e Oficinas Temáticas8h às 11 h – Credenciamento8h às 9h Café e Atividade Cultural9h às 10h30minh – Palestras – Mesa Redonda sobre os três eixos temáticos10h30minh às 12h – Intervenções e Debates12h às 13h – Almoço13h às 15h30minh – Grupos de Trabalho15:30h às 16h - Café/Atividade Cultural16h às 17h30minh- Elaboração de Propostas3º dia: 12/05/2010 (quarta-feira) – Plenária Final8h às 08h30minh Café08h30minh às 12h30minh – Apresentação e Aprovação de Propostas dos Grupos12h30minh às 14 h – Almoço.14h – Homologação dos Delegados Eleitos para a Conferencia Estadual deSaúde Mental e Encerramento