quarta-feira, 27 de abril de 2011

A humanidade convive com a loucura há séculos e, antes de se tornar um tema essencialmente médico, o louco habitou o imaginário popular de diversas formas. De motivo de chacota e escárnio a possuído pelo demônio, até marginalizado por não se enquadrar nos preceitos morais vigentes, o louco é um enigma que ameaça os saberes constituídos sobre o homem.O Orgulho Louco destina-se a recuperar os conceitos de "louco", "maluco", "doente mental", "deficiente mental", “diferente”, “diferenças” e assim por diante a partir do movimento das forças vivas e organizadas da sociaedade e dos meios de comunicação, através de uma série de campanhas para reeducar o público em geral sobre matérias como as causas da "doença mental", as vítimas das instituições totais, o preconceito e a violência. No Brasil, muitos estados já realizam suas paradas, como é o caso da Bahia, desde 2007, Minas Gerais e São Paulo. Este ano é a vez do Rio Grande do Sul. “Não me perguntes onde fica o Alegrete. Segue o rumo do teu próprio coração...”Desde 24 de março temos intensificado os preparativos que envolvem a I Parada Gaúcha do Orgulho Louco. Escolhemos um colegiado coordenador do evento, que desde o início, já se compôs regional. Delegamos, a todas e todos, o papel da divulgação e do contágio para este grande feito. Alcançar o coração de nossos grupos, instituições, comunidades, parceiros, amigos e simpatizantes com nossa luta de superação e transformação dos manicômios físicos e mentais, continua sendo nosso maior desafio. O chamado para a Parada Gaúcha tem sido acolhido e chegou o momento de afirmarmos nosso compromisso com a Reforma Psiquiátrica.
(Judite Ferrari)

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